sábado, 12 de julho de 2014

ATÉ QUANDO VIVEREMOS A HIPOCRISIA E A MENTIRA?

* Por Caxião
                             Nas minhas ultimas incursões filosóficas cheguei a conclusão de que não tem logica para a forma de como encaramos as tragédias humanas e a morte.
                      Vendo as imagens de desespero e sofrimento dos parentes dos desaparecidos do voo da Malásia, perguntei para mim mesmo. Qual é a razão para portarmos de tal forma, se o desaparecimento deste avião, terremoto do Japão, do Haiti, queda das Torres Gêmeas, explosão do avião da TAM são frutos do chamado processo civilizatório, o qual nos coloca frente a frente a tais tragédias.
                       Os terremotos na verdade, não são frutos de nós mesmos, mas as consequências sim, visto que ao edificarmos equipamentos (fabricas barragens), aglomerados urbanos nas regiões conhecidas como anéis de fogos e principalmente nas zonas costeiras, ficamos eternamente suscetíveis aos efeitos dos terremotos e tsunami, assim  do mesmo modo corre risco quem mora nas grandes metrópoles, principalmente as que estão na mira do terrorismo, quem mora na rota de furacões e tornados, quem viaja de avião, ou de qualquer meio de transporte. Enfim estamos sempre correndo o risco de sermos vitima de nós mesmos. Por isto nem só nas tragédias como na morte natural devia haver desespero, sofrimento e lamentação.
                         Esta minha concepção levou-me a concluir que, a causa para tal comportamento, está nas nossas concepções religiosas, que ao longo da historia nos impôs que Deus é a única verdade, salvação, consolo, e que mesmo após a morte (a morte, o fim) é capaz de nos conduzir à vida eterna e no jardim do éden, e ponto final.  Mas quando a realidade mostra ao contraio, por que na verdade, nós queremos é sermos etenos, soberanos, maiorais perante a aqueles que estão do outro lado, quando estas possibilidades, estes desejos, são  interrompidos, mesmo que parcialmente, aí vem o desespero, angustia, sofrimento, podendo chegar ate mesmo à depressão e a loucura.
                         Esta doutrina, estes ensinamentos tem nos impossibilitado o questionamento a indagação e a contraposição, cerceando-nos do cultivo e da pratica filosófica, a qual se fundamenta nestes conceitos, que sem os quais não temos como quebrar padrões, transformar e evoluir. E assim estamos comportando e agindo como na pré-história.
                        Está é razão pela qual entendo que estamos negando a verdade e o óbvio, já que a morte além de obvia, ela é a química que equilibra a natureza, principalmente nas nossas tragédias, pois sem elas, certamente já teríamos dado fim à vida planetária.

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